5 de maio de 2012

Onde está aquela criança?


Quando foi que matei aquela criança?
Quando deixou de existir aquela criança
alegre e brincalhona?
Quando ela deixou de acreditar na vida?
Por que deixou de sonhar?
Como sumiu aquele herói que mudaria o mundo?
Em que instante se apagou o sorriso de menino?
Por que deixou de gostar de contos de fada,
de dançar na chuva,
de falar com os bichos?
Morreu aquela criança.
Aquela criança iungênua e deslumbrada
que só queria ser feliz.
Aquela criança que não conhecia a palavra impossível.
Em seu lugar uma figura dura e amargurada,
cujos olhos opacos olham sem direção,
cuja face revela a descrença total.
Descrença nos homens, no mundo, no amor.
Sem sonhos, sem fantasias,
ocupada demais para um sorriso
hipócrita, corrompida, reprimida.
Talvez seja apenas a lei da evolução,
onde só os mais fortes sobrevivem
Talvez tenha perdido a inocência
para poder viver neste mundo de feras
Mundo que mutila suas crianças.

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