1 de fevereiro de 2019


Tenho saudades da minha infância

 Saudades de tempos distantes, pessoas especiais,
lugares inesquecíveis, cheiros e prazeres,
recordações de um tempo mágico,
sonhos de criança,
dias de esperança.

Tenho saudades da minha infância,
infância querida, infância vivida no interior,
simplicidade, liberdade, amigos sinceros,
banho no açude, brincadeira no quintal,
gosto de jabuticaba, de manga,
o cheiro gostoso dos bolinhos de chuva que mamãe fazia,
a farda amarela da minha escola adorada,
- saudades do Colégio Alfenas -
passeios na praça em tardes ensolaradas.

Cenas incontáveis de dias felizes,
brincar, cantar, nadar na pedreirinha,
ouvir histórias da carochinha, do boi tatá, do curupira
Quem não se lembra de “As mais Belas Histórias”?

Saudades da Dona Nena.... ah que saudades.
Ali na General Costa Campos.
Do quintal de sua casa, repleto de mangas,
goiabas, pitangas...
Brincadeiras de Tarzan nos galhos das árvores,
balançando nas cordas, imitando cipó.

Ah! eu me lembro da Maria Eunice,
empregada da mamãe.
Uma negra simpática, alegre,
porta-bandeiras da Escola Barão do Rio Branco.
Desfilava orgulhosa pelas ruas de Alfenas no carnaval.
Como era bom vê-la cantar e dar risadas
Também me lembro de minha mãe e dos seus carinhos
que me embalavam o sono
e o meu despertar
na galeria da minha memória
surgem intermináveis recordações
todas elas repletas de amor, saudades e emoção.

30 de julho de 2018

ESTE ENVELHECER

Envelhecer explodindo de vida, alimentando-se do prazer é o ideal.
Envelhecer com os amigos, com os vizinhos, sem se importar muito com o dogma e a sombra do preconceito.
Envelhecer na santa paz de Deus, com a genética que Ele nos deu; envelhecer com Fé e paciência divinas, que sustentam o espírito e faz, da alma um menino travesso, sapeca e feliz. Fé de um guerreiro e de um aprendiz.
Envelhecer com a saliva e o paladar presentes na boca, com as lágrimas banhando os olhos, com a pele bronzeada pelo sol e pela lua, envelhecer com um sorriso largo no rosto afável, envelhecer como o bem que se quis.
Envelhecer não é tão doloroso assim.
Para alguns é o fim do mundo, e eu me pergunto:
- O mundo tem fim?
Envelhecer é ganhar do tempo o tempo exato e lapidado para saber aproveitar, compartilhar, multiplicar todas as belezas e obras do sol nascente.
Envelhecer é fazer da abobrinha o prato do dia e do açúcar a festa de domingo.
Envelhecer é comer pela manhã, exercitar o corpo à tarde e relaxar ao anoitecer.
É ir à praia, ao mercadinho, é ver TV, é ir ao cinema, ao shopping, é estar perto do que temos direito, é ser livre, é valorizar a pátria das células, o sangue que transita nas veias e controlar a oxidação dos tecidos.
Envelhecer é trazer no peito a medalha dos filhos, dos netos, dos bisnetos...
Envelhecer é ver a cegonha várias vezes por ano, milhares de vezes sobrevoando o céu.
Envelhecer é dar o colo confortável, o ombro, o abraço, o beijo apaixonado na face da pessoa amada.
Saber envelhecer é qualquer carinho!
Doenças dão na gente e não nas pedras, diziam nossos ancestrais.  Nunca escolhe o dia mais certo ou o mais errado para chegar e nem mesmo bate à nossa porta como uma convidada pedindo licença.
Envelhecer é estar de bem com as árvores, é ver o pássaro colorido, é respeitar o tempo da felicidade, é gostar-se como se gosta dos amigos.
Envelhecer é cantar, dançar, acreditar na sabedoria.
Envelhecer é algo que anima, possui ritmo e melodia.
É experimentar prazeres e galgar descobertas.
Envelhecer é dar bombom aos netos, é brindar a tecnologia.
Estar velho, antigo, idoso, seja qual for o nome dado, importa muito pouco o rótulo.
Importa muito mais a garantia de vida.
Os hormônios, a atividade física, são recursos que podemos optar sem desmerecê-los.
Envelhecer é viver sem preconceitos.
Envelhecer é caminhar pela praia, pés na areia. É sentar no barzinho e saborear a cerveja gelada. É comer o peixe frito e conversar com os amigos, é olhar para o mar.
Quero estar onde todos estiverem, com ou sem rugas, com ou sem cabelos brancos, mas repletos de paz e alegria!
A vida não se aprende nas cartilhas, ela está em nossas mãos!
Envelhecer exige acima de tudo perseverança e muita paixão. 

23 de abril de 2016

Homenagens


Sinto falta. Sinto falta de contemplar seu largo sorriso, de me ver refletida em seus enormes olhos, de tocar suas mãos longas, firmes e delicadas. Sinto falta de escutar suas histórias, de me lisonjear com suas risadas acompanhadas de um "ai, ai, ai, só você mesmo!". Sinto falta de sentir o peso da sua cabeça em meu colo, de delinear suas sobrancelhas, de trocar confidências, dicas, de ouvir seus conselhos. Sinto falta da melhor pessoa que já conheci e de dizer-lhe isso. Sinto falta de um pedaço de mim. Sinto, humana e egoisticamente, sua falta, minha irmã! 
Claire
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Nove meses depois de mim, ela chegou. Não sou dessas pessoas que tem memórias remotas da primeira infância. E pra mim, ela sempre esteve comigo desde que me conheço como ser. Minha primeira grande amiga, minha irmã, minha companheira de estudos e aprendizados. Meu espelho feminino, minha cúmplice de artimanhas, de sucessos e insucessos. Nem na lista de chamada a gente se separava! Estudamos e crescemos sempre juntos, até o final do colegial. Aí veio a chatice de ter que virar adulto e cada um tomar seu rumo. Embora houvesse a distância física, jamais perdemos a fraternidade, típica de irmãos de criação. Hoje já me sinto mais tranquilo em expor aqui. Um ano de lembranças boas e revigorantes, de lições e contralições que levarei pra sempre. Uma situação resume tudo: pouco antes dela partir, fomos visita-lá, eu todo preocupado com a "fragilidade" que haviam me antecipado. Quando cheguei, fui abraçá-la suavemente e ela me deu abraço tão forte, tão forte que perdi o chão, o rumo, as referências, tudo... Força e bondade!
Carlos
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Há um ano você se foi. Parece que foi ontem que recebemos a desoladora notícia que você já não estava mais entre nós. Os nossos corações ficaram devastados, e aos poucos vamos reunindo forças para seguir com a vida sem você aqui, presente no nosso dia a dia. Ainda é muito frequente eu me pegar fazendo planos com você, ou pegar no telefone para lhe ligar quando alguma coisa boa acontece. Deve ser o coração querendo nos enganar, para deixarmos de sofrer ao menos por alguns momentos. A sua partida foi prematura, e isso tudo causa ainda mais dificuldade em aceitar e entender. Mas eu respeito a vontade de Deus, aceito com resignação a dor, e tento transformá-la em aprendizado, em sabedoria. Tento transformar a saudade aterradora que sinto de você em uma saudade serena, tranquila. Tento transformar as lágrimas pela sua ausência em um sorriso ao me lembrar dos momentos felizes que passamos juntos. Um ano se passou. E outros anos virão sem você aqui. É difícil reaprender a viver, mas pensar que você está em paz em um lugar cheio de luz, e com a sua alma serena, traz-me alguma tranquilidade para seguir com a vida. Todos os dias trago você comigo, e recordo nossa história, curta mas muito linda. Seus abraços, beijos, carinhos me fazem falta. Seu olhar sereno e seu sorriso, sua preocupação por mim e por minha saúde. Seu amor de mãe, esposa e filha. Tudo isso me faz falta. Não consigo conceber a ideia de que sua partida foi para sempre. Mas quero ainda acreditar que nos veremos novamente, aí sim, será para sempre. Desculpe, mas as lágrimas turvam meus olhos e minhas mãos estão trêmulas no teclado. A saudade dói e dói muito... muito... muito...
Claiter

20 de setembro de 2015

Dosagem


Tudo começou no dia em que um tropeiro, vindo de longínqua fazenda, chegou naquela cidadezinha do interior.
Era para ele algo raro uma festa no povoado. Ficou observando as pessoas que se locomoviam agitadas. Após alguns momentos de observação, tomou coragem. Pôs-se também a caminhar, acompanhando a massa. Passadas curtas, andar indeciso, caminhava o tropeiro à procura do objetivo que ali o levara.
Ao olhar para sua direita, deparou com a vitrina de uma loja. Ali se encontrava o desejado. Ali estava, bem à vista e tão perto de suas mãos, o objeto cobiçado... um rádio.
Minutos de indecisão. Contemplava o sonhado rádio. Decidido, entrou na loja.
Por trás do balcão surgiu solícito o vendedor. Ao vê-lo ficou atordoado: um padre! Naquele tempo, um padre era algo como que sagrado. No entanto, ali estava, como vendedor da loja, um padre de batina e tudo.
Além de dono da estação de rádio local, também o era daquela casa comercial, onde se vendia um sem-número de coisas.
Apontando para a prateleira de artigos eletrodomésticos, o sertanejo, ainda acanhado, dirigiu-se ao padre:
- Eu vim comprá um rádio, padre. Mas, tem que sê baratinho.
O dono da loja deu uma olhada no tropeiro. Mediu-lhe as posses e decidiu-se rápido. Tinha o que ele desejava: um rádio à bateria, era o último. Poderia vendê-lo bem em conta.
Estipulado o preço, o sertanejo contou as economias que trazia na algibeira da calça remendada, e concordou:
- É, o preço inté qui tá bão. Eu levo o bichinho.
O aparelho foi ligado para experiência.
Logo de início o dono da loja verificou que o rádio estava defeituoso: o dial quebrado. Só sintonizava uma estação. Justamente a sua, a rádio Paroquial. Mas, pelo preço que estava sendo vendido, aquilo não importava. Além disso, entendia ele, a sua estação não era nada má.
O tropeiro seguiu seu caminho, depois que o padre lhe sugeriu que não mexesse naquele botão de sintonia. Mostrou-lhe onde aumentar e diminuir o volume, como se usava a bateria e despachou o tropeiro com rádio e tudo.
A venda fora efetuada um dia antes do Domingo de Ramos. No dia seguinte começava a Semana Santa.
Na distante fazenda, o rádio do tropeiro foi a grande novidade. Gente de toda a redondeza se dirigia ao seu rancho para vê-lo. O sertanejo subiu no conceito da vizinhança.
Domingo de Ramos juntou-se o povo a ouvir as palavras do padre a anunciar a Semana Sagrada.
Depois rezaram acompanhando o cura, cuja voz estridente até eles chegava graças àquele aparelhinho.
Mas a Semana Santa dura sete dias!
Segunda e terça-feira, o tropeiro e convidados ouviram as rezas que vinham da estação de rádio da cidade. Na quarta, acompanharam todo o ofício de trevas. Quinta-feira, ouviram com atenção a cerimônia do lava-pés. Sexta, choraram com a adoração da Cruz e, no sábado, vibraram com o Aleluia.
Foram sete dias inteirinhos de rezas.
Por mais católico que fosse, o tropeiro sentiu-se desiludido. Não fora apenas para rezar que ele fizera economia e comprara o rádio, não.
Por coincidência, ao término da Semana Santa, esgotou-se a carga da bateria. O dono do rádio resolveu ir até à cidade procurar o padre e pedir-lhe que a recarregasse. Ao vê-lo:
- Acabou a bateria? Não há de ser nada. Vou mandar recarregá-la, explicou o atencioso padre, novamente transformado em comerciante.
- Está gostando do rádio? volta o padre.
Segundos de silêncio. Meio sem jeito, o tropeiro respondeu:

- Gostano, inté que tô, seu padre. Mais quiria pidi um favorzinho. Eu gosto muito de rezá, pode crê, mais... será que o sinhô não pudia recarregá esta bateria metade de reza e metade... de umas musiquinha sertaneja?

1 de julho de 2015

Saudade eterna!

Hoje o Sol não brilhou, os pássaros não cantaram, os risos se calaram e as lágrimas rolaram em meu rosto. Chorei muito hoje, dois meses já se passaram e meu coração sofre em silêncio. Hoje eu queria que essa verdade fosse mentira, que fosse um pesadelo e que ao acordar encontraria o meu mundo normal. Queria ter tido mais tempo para estar com você. Agora restam apenas lembranças. Lembranças de um tempo bom que não volta mais. Não voltam os risos trocados, os abraços apertados, as histórias, o passeio nas férias, o brincar pelas praias de Ubatuba. Agora tudo o que sinto é saudade e dor. Dói muito... muito mesmo. Jamais esquecerei cada momento que vivemos juntos.
Quanta falta você nos faz, Carina.

17 de junho de 2015

Saudades de Você


Passando pelo Banco do Brasil, vi um senhor conduzindo pelas mãos uma garotinha. Devia ter ela uns 5 ou 6 anos. Mas o ar de alegria e felicidade que brotava de suas faces era contaminante.
Atravessei a praça e sentei-me num banco. Fiquei olhando para eles e me lembrando dos tempos em que você e seus irmãos eram pequenos. Eu os levava àquela praça pelas mãos, mas tinha só duas, como iria conduzir três, não é difícil. Então sempre um escapava e saía correndo, quem? Cléverson. Só podia ser. E logo atrás dele ia toda serelepe, balançando seus cabelos de um lado para outro, a Carina. Ai, meu Deus. Que bons tempos!
Claire ficava mais quieta e compenetrada. Sentava-se naquele banco defronte a fonte luminosa e ficava olhando meus lindos filhos brincarem de escorregar aos pés do monumento ao Cônego José Carlos. Aquilo era felicidade.
Eu, todo orgulhoso, fazia questão de que todos olhassem para vocês e vissem que eram os meus filhos. Quanta alegria naqueles momentos.
Você, Carina, não deixava por menos. Competia com o seu irmão em tudo. Tudo o que ele fazia você queria fazer também. Era a minha linda molequinha de sorriso sincero e constante.
De vez em quando, olhava para mim e gritava: “Papai (era sempre papai), olha o Cléverson me amolando...” E partia para cima dele.
Quantas vezes eu sonhei com esses momentos tão bons. Quantas vezes, sozinho no meu canto, vejo vocês correrem, gritando e até, por que não, brigando.
Lembro-me dos muitos momentos em nossas viagens pelas Minas Gerais e pelas praias de Ubatuba. Em Campos do Jordão, você corria pelos gramados do parque, sempre balançando seus cabelos lisos, e gritando. De vez em quando se aproximava de nós e soltava aquela risada de papai Noel: ho ho ho... que só você sabia imitar e que ainda tenho gravado nos filmes que fazia.
A menina, a caçulinha, o anjo que Deus decidiu colocar em nossas vidas. Não é uma graça?
A sua luta, a sua disposição, a sua busca em alcançar boas notas na escola a fez passar por dificuldades que, mais tarde, você superou... e como superou.
Um dia você resolveu dançar. E lá foi minha linda garotinha para o balé. Mas parece que o balé não estava para você, levadinha como era. Então partiu para outro tipo de dança. Foi uma dançarina linda e empolgante. Suas apresentações, eu ainda as tenho filmadas, eram motivos de orgulho para todos nós.
Lembro-me também dos nossos momentos na praia. Segurava você pelas mãos e a conduzia em direção ao mar. Você ia saltitando, como se dirigisse ao melhor de todos os lugares. Entrava nas águas frias do Atlântico e batia suas mãos para molhar o papai orgulhoso. Como você gostava do mar.
Suas participações em campeonatos de natação na AABB a fez se transformar num peixinho lindo, numa sereiazinha maravilhosa na piscina daquele clube.
E assim foi você!
Eu ainda sentado naquele banco da praça, continuava sonhando o sonho bom e ter tido você criança e conseguido, embora cheio de falhas, dar-lhe o que eu sempre quis dar aos meus filhos: amor, compreensão, carinho e incentivo.
Fui e sou um pai bobo. Quem não seria tendo filhos tão maravilhosos como vocês.
Nesse devaneio, naquela praça, alguém me acordou para a realidade. Não via mais aquele senhor com a garotinha. Um amigo me fez retornar ao presente.
Voltei para casa e aqui estou escrevendo estas palavras bobas que brotam de um coração ainda mais bobo, de um pai orgulhoso e cheio de saudades.
Você, Carina, cresceu, é, você cresceu. Tornou-se uma mulher linda, meiga, carinhosa e, acima de tudo, um anjo para todos os que eram cativados pelo seu sorriso.
Você casou-se e teve dois lindos filhos: Beatriz e Neto.
Quando chegou aquele mês de março de 2012, tivemos a triste notícia de que você tinha câncer. Mas não se entregou. Pelo contrário, lutou bravamente e sempre com confiança e fé. Foram três anos de lutas e sofrimento. Nunca sequer ouvimos de sua boca uma palavra de revolta ou de mágoa. Mesmo nos seus momentos de dor, sempre sorria.
Mas, como já disse, Deus apenas nos emprestou você. Agora, em abril de 2015, Ele a quis de volta para enfeitar o céu de sorrisos e alegrias.
Você partiu. Você venceu, porque conquistou os céus. Mas a saudade sempre permanecerá em nossos corações. Sempre visualizarei aquela garotinha sapeca e querida por todos nós, que nos deu tantos momentos de alegria e, hoje, nos deixa seu legado: os filhos de sua vida.

28 de maio de 2015

Curiosidade: O português dos portugueses - 33

Às vezes, nem parece que falamos a mesma língua. É só observar como algumas palavras são bem diferentes aqui e em Portugal. Veja alguns exemplos:

Português do Brasil         Português de Portugal

abridor de garrafas              tira-cápsulas
abridor                                  tira-cápsulas
açougue                                talho
aeromoça                              hospedeira de bordo
água gelada                          água fresca
água sem gás                        água lisa
apontador de lápis              apara-lápis
aposentado                           reformado
apostila                                 sebenta
bala                                       rebuçado
banheiro                              casa de banho
beija-flor                               chupa-flor
cafezinho                             bica
caixa, caixinha                     boceta
calcinha                                cueca
camisinha                             durex
cardápio                                ementa
carteira de identidade         bilhete de identidade
carteira de motorista           carta de condução
celular                                    telemóvel
chiclete                                  pastilha elástica
cola                                        pegamasso
conversível                           descapotável
faixa de pedestres               passadeira
faxineira                               mulher-a-dias
fazenda                                 quinta
fila                                         fila ou bicha (gíria)
fósforos                                chamiços
garoto                                   miúdo
geladeira                              frigorífico
guarda-chuva                      chapéu-de-chuva
grampeador                         agrafador
história em quadrinhos     banda desenhada
impressão digital               dedada
injeção                                 injeção ou pica (gíria)
moça, jovem                       rapariga
meias                                    peúgas
mulher vagabunda             moça
ônibus                                  autocarro
pedestre                               peão
pimenta                               piri-piri
ponto de ônibus                paragem
professor particular           explicador
sanduíche                           sandes
sorvete                                gelado
suco                                     sumo
tapete                                  alcatifa
terno                                    fato
trem                                     comboio
vaso sanitário                    sanita
vitrine                                 montra
xícara                                  chávena

Curiosidades: Quando começamos a colocar o pingo no i? - 32



A adição do ponto sobre a letra i data do século XVI. Quando os caracteres góticos foram adaptados os dois is (ii) eram frequentemente confundidos com a letra u. Para evitar este problema, criou-se o costume de acrescentar a ele o acento gráfico til, apóstrofo e outros sinais, até se desenvolver o i com ponto. Esses acentos se transformaram em ponto simples a partir do século XVI. Para alguns copistas da época, no entanto, essa prática não era muito aceita. Daí a expressão colocar pingo no i, com sentido de decidir alguma coisa..

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