29 de maio de 2011

Alcides, meu pai.


      
1905 - 1973
39 anos de saudade!


Saudades
Daquele que percorreu
Caminhos errôneos!
Mas que me ensinou a seguir o caminho
Da dignidade, do respeito e da sabedoria.
Que me mostrou a vida de maneira doce
E que acalentou sonhos a meu respeito
E não pôde vê-los se concretizar.
Que apesar dos erros, tinha orgulho de ser pai.
Meu pai!
Não posso ouvir agora sua voz.
Ver seu sorriso por eu ter alcançado o sucesso
Por menor que fosse.
Sentir orgulho ao pronunciar meu nome
Ou comentar meus feitos tão pequenos.
Ver o brilho dos seus olhos ao me ver pregar a verdade.
Os tapas, quando achava que o que fiz não estava correto
Embora muitas vezes estivesse.
É pouco o que me faz lembrar de você
Do seu jeito, do seu pensar.
Pois Deus o levou muito cedo para longe de mim.
Sinto sua falta...
Das nossas conversas, do que vivíamos.
Dos momentos que passamos juntos.
Dos jogos de truco, dos gritos,
Dos truques do truco.
E só uma palavra resume
Todos os meus sentimentos:
Saudades!

                                                                                                                                                J. C. Paula     

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