2 de agosto de 2011

Quem lê poemas tristes

Hoje sou uma folha solta ao vento
que o amor um dia escreveu por engano.
Sinto-me perdido
assim rasgado em mil pedaços
e num rodopio infernal
deixo-me assolar pela dor
enquanto espalho versos pelo chão
com palavras tristes
que o mundo não lê com o sorriso estampado na boca.

Então, que a poesia
se cale para sempre nos meus dedos
e que a solidão seja a esmola amarga do poeta.
maio/2002

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