18 de agosto de 2011

Meu Pai

á memória de Alcides Gabriel da Silva

Correste tanto e por fim paraste, pai.
A tua hora Deus achou por bem fazer.
Lutaste muito, mas quando a chama se vai
só mesmo Deus pode intervir no teu sofrer.
Nos deste tantas alegrias e esperanças,
que nossa vida parecia um paraíso.
1905 - 1973
Quando tu foste, já não éramos crianças,
foi doloroso aceitar tudo com serenidade.
No leito triste do teu quarto, por tantos dias,
e nós, na ânsia de ver-te acordar disposto,
rezamos muito para tentar ter a alegria
de ver-te bom e com um sorriso no rosto.
O sofrimento provoca dores na gente.
Mas enfrentamos o sofrer com altruísmo,
ao percebermos que Deus estava carente
de ter no céu o teu amor e tua bondade.
O tempo passa e com ele envelhecemos.
Talvez um dia estejamos reunidos,
em outro plano, bem juntinhos.
São 38 anos de saudades.

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