Carmen
e eu estávamos conhecendo um pouco das cidades históricas de Minas Gerais. Ouro
Preto, Mariana, Congonhas, São João Del Rei, Tiradentes e, depois, Sete Lagoas,
de onde partimos para a Gruta de Maquiné. Realmente foi uma viagem bastante
proveitosa e agradável. Éramos recém-casados e não conhecíamos aquela região.
Depois
deste belo passeio, fomos para Belo Horizonte. Carmen ficou bastante feliz em
conhecer esta cidade.
Caminhamos
por quase toda a Belo Horizonte. Fomos pela Praça Sete e ruas da redondeza.
Naquele momento não podia me arriscar, pois ainda não conhecia bem a cidade.
Conhecemos parques, restaurantes e boas lojas.
Estávamos hospedados no Ambassy Hotel, próximo à rodoviária, na Rua
Caetés quase esquina com a Av. Afonso Pena e Praça Rio Branco.
Fomos conhecer e passear pelo Parque Municipal, centro de BH, na Avenida Afonso Pena. O Parque Municipal é o patrimônio ambiental e mais antigo de Belo Horizonte. Ele forma hoje um ecossistema representativo com árvores centenárias e ampla diversidade de espécies. Muito bonito o local.
Mas voltemos ao assunto. Numa tarde, resolvemos ir ao cinema. Havia uma sessão às 15 horas no Cine Teatro Brasil.
Não me recordo o nome do filme, apenas me lembro que se tratava de um filme de aventuras, no tempo de capa e espada.
Havia poucos espectadores, digamos que o salão estava com apenas a metade de sua capacidade. Sentamos no meio da sala, onde a visão era excelente.
Com um saquinho de pipocas e uma conversa agradável, aguardamos o início da sessão.
Uma das
cenas do filme, que me recordo bem, um jovem cavaleiro da Idade Média,
cavalgava pela planície, próxima a um castelo, quando foi cercado pelos
inimigos que o detiveram.
O
castelo, típico mesmo da Idade Média, mostrava uma torre imensa de onde se
podia ver uma pequena abertura, uma janela.
Todo ele era cercado por muros altos com fosso ao seu redor e uma ponte levadiça.
Foi
para ali que nosso jovem herói foi levado. Após julgamento, como conhecemos
bem, ele ficou prisioneiro na torre do castelo de onde, pressupunha-se, não
havia como escapar.
Na
torre, onde estava o prisioneiro, havia uma grande roldana de madeira. Nela
estava enrolada uma corda muito comprida. O herói estava imaginando uma maneira
de sair daquela torre e parece que aquela corda veio a calhar. Olhou pela
pequena janela, onde não havia grades. A altura era grande. Olhou para a corda
e novamente pela janela.
Colocou-lhe
um peso na ponta e a atirou pela janela. A corda descia com rapidez e a roldana
girava velozmente.
A
câmara mostrava a roldana girando e a corda se desenrolando. A certa altura,
faltava muito pouco para que a corda chegasse ao seu final, a expectativa era
grande.
Quando
faltavam apenas alguns centímetros para que a corda acabasse, os expectadores estavam
num silêncio absoluto, Carmen ficou nervosa e gritou:
-
Segura a corda, seu burro!
O
cinema veio abaixo. Todos os presentes caíram na risada. Eu me afundei na
cadeira e não sabia o que dizer. Ela logo percebeu a gafe, ficou vermelha e
quis sair do cinema. Pedi para aguardar
o final do filme e respondi:
-
Ninguém sabe quem é você e nem de onde veio. Então...
Saímos
dali, como se nada houvesse acontecido.
Mas que foi engraçado, isto foi.
Claiter
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